A Ternium pôs em prática um projeto de melhoria operacional e ambiental na exportação de placas do Brasil para o México. Desenvolvido em parceria da área de Logística Global no Uruguai com as equipes de Supply Chain do México e Brasil, a iniciativa viabilizou a instalação de gruas com magnetos para desembarque no porto de Brownsville, nos Estados Unidos, que recebe as placas da Ternium Brasil e envia para o Laminador a Quente de Pesquería, no México. Com isso, o processo minimizou o uso de pallets de madeira para envolver a carga, reduzindo um volume de 26 mil árvores por ano e maximizando a produtividade da operação.
O Diretor Sênior de Logística Global da Ternium, Gustavo Guerrero, destacou que o projeto de instalar imãs no porto do EUA está dentro do plano de investimento estratégico.
“Nos últimos cinco anos, a Ternium investiu US$ 41 milhões (R$ 210 milhões) em melhorias nos portos. Esse projeto em Brownsville ajuda a melhorar a eficiência ambiental e operacional da empresa. Apenas com a redução do uso de madeira conseguimos economizar aproximadamente R$ 15 milhões por ano”, afirmou.
De acordo com Davi Souza, Assessor Logístico da Ternium Brasil, o porto da planta de Santa Cruz já contava com os magnetos instalados, mas ainda era necessário envolver toda as placas com madeiras para o içamento no desembarque nos portos de destino: “Com essa mudança temos um ganho ambiental expressivo, já que por navio era usado madeira equivalente a cerca de 500 árvores, que serão poupadas. Isso faz com que a Ternium gaste menos, tenha mais segurança e um ritmo de produção maior”, afirma.
Andrea Ceroli, Gerente Sênior de Fretamento Global, explicou que o projeto exigiu um relacionamento próximo da gestão do porto no Brasil e uma renegociação do principal contrato de fretamento para alcançar o objetivo traçado pela Ternium.
"Além do benefício ambiental, que é muito relevante, tivemos que ajustar os procedimentos para conseguir uma estiva com madeira reduzida segura", comentou.
Pedro Perez, Diretor de Tráfego e Portos da Ternium México comentou que esse projeto é um claro exemplo de integração e busca de maior eficiência que graças ao trabalho em equipe se traduziu em melhorias ambientais, incremento de capacidade e produtividade no Brasil e em Brownsville, além de uma redução de custos.
O próximo passo
Hoje, a Ternium Brasil consegue carregar navios com suas placas produzidas com uma redução de aproximadamente 80% da madeira que era utilizada antes das melhorias. Elas ainda são necessárias para proteger as placas de aço dos atritos com a estrutura dos porões dos navios durante a viagem marítima. No entanto, medidas estão sendo estudadas para zerar completamente o seu uso.
De acordo com Guerrero, a madeira usada pela Ternium é certificada e de reflorestamento, mas novos materiais ecoeficientes serão testados: “O próximo passo é salvar esses 20% das árvores. Estamos trabalhando com o Supply Chain do Brasil para usar materiais sintéticos e, ao mesmo tempo, estamos em contato com universidades do México e do Brasil para estudar novas possibilidades”, afirma.
“No último PEA preparamos o solo, plantamos muitas sementes e agora estamos colhendo os frutos deste trabalho sólido e feito em parceria com todas as nossas interfaces. Seguimos discutindo novas ideias e trabalhando por oportunidades de melhorar o nosso processo com foco na sustentabilidade. Este é um exemplo de Projeto de Excelência com a experiência operacional da Logística que gera a redução no corte de 26 mil árvores de reflorestamento por ano”, conta Markezan Serafim, Gerente Sênior de Logística da Ternium Brasil.