À medida em que as festas de fim de ano se aproximam, autoridades e especialistas nos lembram que mesmo durante essas festividades devemos ficar conscientes e de acordo com os protocolos existentes, mantendo todas as medidas de prevenção para evitar o contágio.
Hoje, mais do que nunca, a segurança de todos depende da incorporação do conhecimento existente sobre este vírus em nosso dia a dia e do exercício, em todos os momentos, do bom senso ao interagir com outras pessoas ou ao sair de casa. E embora muitos desses comportamentos já tenham se tornado usuais, nós não devemos ser menos cuidadosos ou baixar a guarda em momento algum. As habituais reuniões familiares que reuniram muitas pessoas até o ano passado devem dar lugar a festas menores, seguindo medidas preventivas para evitar infecções.
Já sabemos que o tempo de incubação do vírus Sars-CoV-2 é em média 5 dias a partir da exposição e pode chegar a 14 dias. Também sabemos que 97% da população que contrai Covid-19 manifesta os sintomas em 11,5 dias após a infecção. Isso torna possível que possamos infectar outras pessoas, mesmo sem saber. As festas de fim de ano não devem ser consideradas exceção. A natureza multigeracional desse tipo de reunião representa um alto risco. Muitas crianças ou jovens podem ser portadores assintomáticos desta doença.
Vamos analisar um caso hipotético (mas possível) em que as ações de um membro da família, o "João", podem involuntariamente acabar infectando o resto de seus parentes durante as festividades de fim de ano, com base no cronograma desde a exposição ao COVID-19 até o aparecimento de sintomas, onde a possibilidade de contágio inadvertido está presente:
Dia 1: João, sem saber, se expõe à Covid-19.
Dia 5: João se sente bem mas, para prevenir, fez um teste PCR que deu negativo.
Dia 8: João aproveita o almoço festivo com toda sua família e talvez sem saber que está os infectando.
Dia 10: João desenvolve sintomas e o resultado do teste dá positivo.
Não faça como o João nas festas de fim de ano.
Neste e em outros casos, é sugerido agir de forma consciente com base nas informações disponíveis, considerando as recomendações a seguir:
- Comemore em casa somente com os seus parentes mais próximos.
- Se você se encontrar com os membros da sua família, faça-o em espaços abertos e bem ventilados.
- Procure organizar seus convidados em grupos menores, mantendo uma distância segura entre as mesas.
- Não participe de grandes reuniões.
- Use máscara quando não estiver comendo ou bebendo.
- Lave suas mãos com mais frequência.
- Se você pertence ao grupo de risco ou acha que pode ter sido exposto, não participe dessas reuniões.
- Evite ir à shoppings ou restaurantes.
- Se você sair de casa, não se esqueça das medidas de proteção: cubra nariz e boca, máscara, álcool gel e sempre mantenha o distanciamento social.
Como Alberto Mantovani, Diretor Científico do Instituto Clínico Humanitas, disse recentemente durante entrevista especial publicado pelo jornal italiano Corriere Della Sera, “Continuaremos seguindo as regras. Se não pudermos estar todos juntos, faremos o que fizemos durante os períodos de confinamento, na primavera e agora: iremos preparar um pisarei (receita tradicional italiana) caseiro e vamos “comer juntos” graças as plataformas online que permitem o compartilhamento desses momentos virtualmente.