Quando se fala em indústria, o pensamento de muitos recai sobre a figura do homem em um ambiente majoritariamente masculino. Na Ternium, esse estigma deixou de ser realidade há alguns anos e hoje já é possível circular pela planta e observar as mulheres desempenhando o mesmo papel dos homens na operação industrial.
A conquista pelo espaço feminino na Ternium não se restringe ao processo siderúrgico. Ela transcende. Prova disso é o resultado do último Steel Challenge, desafio mais importante da indústria siderúrgica e promovido pela world steel Association. Na categoria das Américas - a competição é dividida por regiões geográficas - duas mulheres da Ternium ficaram entre os cinco melhores. No ano passado, não houve nenhuma mulher entre os mais bem classificados.
As responsáveis pelo bom resultado são a analista de Gestão Operacional Carolina Beltrame, da área de Engenharia Industrial, e Laryssa de Jesus Ramos, do Lingotamento Contínuo. As duas participaram pela primeira vez do desafio, o que torna o feito ainda mais relevante.
“Isso evidencia que nós, mulheres, temos plena capacidade de entender e estarmos integradas no processo, quebrando o estigma de que a operação é masculina”, atesta Carolina, segunda melhor colocada das Américas e primeira do grupo Ternium.
Carolina Beltrame - Analista de Gestão Operacional
Ela tem bastante propriedade ao falar em “plena capacidade de entender”. Formada em administração, aprendeu tudo sobre siderurgia na prática. Começou na área aos 19 anos sendo a primeira mulher a atuar em refino em uma usina no Espírito Santo. De lá para cá ajudou a dar a partida na Ternium Brasil, acumulou funções no Refino Secundário e na gestão de projetos da Aciaria. São 20 anos de experiência que contribuíram para o resultado final no steel challenge.
“A sensação é de orgulho. Nos colocamos em um nível de igualdade. Estamos caminhando para eliminar esse estigma de usina masculina. Temos competência para ocuparmos os lugares que ocupamos e quebrar os paradigmas. A mulherada é de “aço”!”, reforça Carolina.
Laryssa tem uma trajetória mais curta na Ternium em relação à Carolina. Está na empresa desde junho de 2019. Entrou como estagiária e hoje pode dizer que é a 5ª colocada das Américas no desafio da worldsteel. Profissional da área de Lingotamento Contínuo, ela soube do Steel Challenge pela primeira vez na Ternium Brasil. Decidiu participar, se preparou com a orientação de colegas que já haviam feito parte do evento e se destacou.
Laryssa Ramos - Trainee Lingotamento contínuo
Por falar em destaque, Laryssa gosta de apontar as influências femininas que têm na empresa. “A Raissa Salgado, Cristiane Novaes e a Carla Oliveira (da Aciaria) e a Joyce Christine Ribeiro (ex-Aciaria e hoje assessora da Presidência) são exemplos. A Aciaria já tem mulheres de sucesso e eu espero seguir esse caminho”, projeta.
Laryssa tem a noção que seu resultado é um passo à frente quando o tema é a diversidade, mas acredita que podemos evoluir mais.
“Sinal de que as coisas estão andando. Ainda não é o suficiente, mas as diferenças são cada vez menores. Aos poucos caminhamos para um ambiente industrial com mais diversidade. Resultados como esse dão indícios de que isso já está acontecendo”.
Para completar, ela também é grata a Ternium pela oportunidade de aprender e de se capacitar, mas ressalta: “Eu aproveitei as oportunidades de desenvolvimento e tive profissionais dispostos a me ajudar. Sem isso eu não teria desenvolvido em tão pouco tempo”.
Entre os outros funcionários da Ternium Brasil que estiveram entre os melhores das Américas na categoria indústria do Steel Challenge estão Diego Meyrellis (3º) e Bruno Cerchiari (4º).