Ser mãe muda completamente a mulher. Junto com a nova vida que nasce, nasce também mais amor, carinho, responsabilidade, afeto, cuidado e diversos outros sentimentos que são levados simultaneamente para o resto das vidas da mãe e do filho.
O novo coronavírus modificou profundamente o dia a dia de todos nós. Rotinas foram alteradas. A forma de trabalhar mudou para parte da equipe e as crianças estão sem ir para a escola. O modo como nos conectamos com familiares, amigos e colegas de trabalho já não é o mesmo há alguns meses e até o lazer precisou ser adaptado dada a necessidade de permanecermos em casa. Porém, ao mesmo tempo em que nos exige sacrifícios, esse cenário pode ser de descobertas para as mães com mais conversa, brincadeira, e até “dividir” o home office com os filhos.
Compartilhamos histórias de mães que contam os impactos da quarentena em suas vidas e na relação com os filhos.
Lilian Alves, da Proteção da Planta, com seu filho Benício
“Posso acompanhar o crescimento do meu filho e estreitar os vínculos que já tínhamos”
Há quem diga que a melhor fase dos filhos é quando eles ainda são bebês. Lilian Alves, da Proteção da Planta, tem conseguido aproveitar esse momento. Ela é funcionária do turno administrativo, mas a nova rotina dividida entre dias intercalados na usina e em casa a permite passar mais tempo com o filho Benício, de um ano e cinco meses. Essa aproximação rendeu descobertas incríveis para a mamãe de primeira viagem. “É notório como ele já está desenvolvendo a fala porque estamos interagindo mais”, revela. Esse será o segundo dia das Mães com o filho. E vai ser diferente. “Geralmente nessa data reunimos toda a família, cerca de 20 pessoas, mas vamos ter que mudar. É uma possibilidade fazer uma chamada de vídeo para tentar juntar todo mundo”.
Lilian entende a dificuldade pela qual o mundo atravessa devido à COVID-19, mas prefere ter um olhar mais otimista. “Precisamos identificar um ponto positivo nessa situação, por mais crítica que seja. Estar mais tempo em casa me faz acompanhar o crescimento do meu filho e estreita os vínculos que nós já tínhamos”. O pequeno Benício agradece.
Lucilena de Oliveira, da aciaria, e sua Leona
“Estar em casa com a minha filha me faz dar mais atenção a pequenas coisas e a valorizar o tempo”
Funcionária do turno como operadora de sala de controle do Refino Secundário, na Aciaria, Lucilena de Oliveira está acostumada com a rotina intensa de quatro dias na usina e quatro dias em casa. Geralmente a sua escala permite passar um tempo com a família. Mas o cenário é outro. Com as aulas da filha Leona suspensas devido ao novo coronavírus, Lucilena tem tido a oportunidade de participar mais da educação da menina. “Hoje consigo acompanhar mais o desempenho dela na escola, ajudá-la tirando dúvidas e fazendo os exercícios juntas. Estou mais perto da minha filha”. Leona tem 13 anos, está na adolescência, fase onde é preciso muita orientação dos pais. E Lucilena está aproveitando o momento para conversar mais com a filha, a aconselhá-la. Para a mãe, ficará uma lição quando tudo isso passar. “A correria às vezes “atrapalha” o dia a dia. Estar em casa com a minha filha nesses dias tem me feito dar mais atenção a pequenas coisas e também a valorizar o tempo”, reflete.
Janaína Mouta, do Laboratório, e Micaela
“Time invencível quando o assunto é diversão”
Para Janaina Mouta, os seus dias de home office passaram a ser divididos em dois tempos desde a alteração da rotina provocada pela COVID-19. No primeiro tempo, entra em cena a coordenadora de Laboratório, os afazeres da função, as reuniões e toda a responsabilidade como funcionária da Ternium. No segundo tempo, depois do expediente, entra em campo a mãe. Junto com a filha Micaela, de seis anos, as duas formam um time invencível quando o assunto é diversão. “Em casa, eu precisei explicar até que horas vai o trabalho da mamãe. Combinei que o expediente é até o relógio marcar 17, em referência às 17h. Explico quando vou entrar em reunião e ela entende”. Quando o segundo tempo começa, ou seja, depois das 17h também começa a diversão entre as duas. “Fazemos os exercícios juntas, mas também tem muita bagunça, alegria e criatividade nas brincadeiras”. Uma das brincadeiras envolve até improvisar uma “amarelinha” no piso de casa. Na sua área, Janaina estipulou com a gerência a rotina de estar na usina pelo menos uma vez a cada dois dias.
Confira o video em homenagem às mães