“Um projeto com foco na sustentabilidade operacional, que visa a operação com melhor desempenho ambiental, maximizando a produtividade”. É dessa forma que o Gerente de Automação e Controle da Ternium, Flavio Silva, define o projeto de Machine Learning com foco em promover a redução das emissões na chaminé da Sinter. Os trabalhos integram a chamada indústria 4.0 e funcionam prevendo, com 30 minutos de antecipação, qual será o resultado da média horária das emissões de particulados na chaminé primária da sinterização.
Dessa forma, o operador consegue antever e receber diretrizes para reduzir ou aumentar a produção de modo a garantir o controle ambiental adequado das emissões. De acordo com a licença ambiental da Ternium Brasil, as emissões de material particulado não podem superar o limite de 50mg/Nm³. Para Cristiane Galiazzi, coordenadora de Operação na Sinter, “as diretrizes que estão sendo inseridas no modelo auxiliam o operador na tomada de decisão em busca de maior eficiência operacional e ambiental”.
O Modelo de Previsão de Emissões na Sinterização é um trabalho baseado em algoritmos de Machine Learning para previsão de séries temporais, tecnologias de Big Data e ferramentas de automação desenvolvidas pela Ternium. O projeto começou a ser implementado em outubro de 2020 e envolve o trabalho dos times de Automação do Brasil, México e Argentina.
Fernando Monti, Gerente de Novas Tecnologias de Automação da Ternium México e que participou do processo, detalhou o projeto:
“É como um instrumento adicional que te diz: olha, nos próximos 30 minutos suas emissões estarão nesse nível, se for um nível que está acima do limite, você pode reduzir a produção. Se estiver muito abaixo do limite, você pode produzir mais”.
Ele enxerga o projeto como um complemento do Precipitador Eletrostático da Sinterização, contribuindo ainda mais no controle das emissões. “A verdade é que trata-se de um projeto multidisciplinar, multinacional e multiempresa, com a participação de pessoal próprio da Ternium e de outras empresas. A diversidade da equipe de trabalho enriqueceu o desenvolvimento do projeto”, cita Alejandro Zambrano, coordenador de Ciência de Dados de Novas Tecnologias de Automação.
DIRETO PARA A SALA DE CONTROLE
A informação é transmitida diretamente à sala de controle da Sinterização. Leandro Bento é um dos operadores que acompanha os dados do sistema de previsão de emissões. Ele compreende a importância do projeto para o meio ambiente. “Todos aqui sabem da importância de operar nossa planta dentro dos limites estabelecidos pela licença ambiental. Tudo que traga melhoria nos resultados e reduções das emissões é bem-vindo”.
Operadores na sala de controle monitorando os indicadores
“É um projeto onde o grande marco é o Meio Ambiente, mas que também acaba acertando na produtividade'', reforça Flavio Silva, Gerente de Automação e Controle da Ternium.
Também integraram o projeto Giuleano Gonçalves, Leticia Piccin e Americo Almeida pela Automação do Brasil; Rafael Okamota e Juan Yannaduoni pelo Meio Ambiente; e Gustavo Rosa pela Operação da Sinterização.
COMO FUNCIONA
O projeto prevê em 30 minutos a média horária das emissões, que não pode ser superior a 50mg/Nm³, de acordo com o padrão estabelecido na licença ambiental da Ternium.
Por exemplo: às 16:30 h, o modelo prediz uma média horária das emissões para as 17h. Se a média estiver acima do limite, o operador recebe as diretrizes necessárias para implementar medidas imediatas de redução. Se a média de emissão estiver dentro do limite, o operador avalia a antecipação do aumento da produção.
Para Pamela Reis, Gerente de Meio Ambiente, este é um projeto pioneiro e inovador que chegou para contribuir ainda mais no controle ambiental das operações da Ternium Brasil. “Tenho muito orgulho do que está sendo construído com todos os times, estamos remodelando cultura e avançando na performance ambiental numa velocidade incrível. Com este projeto estamos demonstrando que o valor do Cuidado com o Meio Ambiente é o que garante uma operação segura e sustentável”, concluiu.